'Não é sobre o que vestimos': exposição mostra réplicas de roupas usadas por vítimas de violência sexual

  • 12/03/2025
(Foto: Reprodução)
Mostra da Polícia Civil do Distrito Federal reúne uniforme escolar, saia e blusa brancas usadas em centro espírita e uniforme de operadora de caixa. Ideia é combater 'culpa' associada às mulheres vítimas. Polícia Civil do DF faz exposição com réplicas de roupas de vítimas de violência sexual. Um uniforme escolar, uma saia e uma blusa brancas usadas em um centro espírita e um uniforme de uma operadora de caixa: estas são algumas das peças que fazem parte da exposição "Não é sobre o que vestimos", inaugurada nesta quarta-feira (12) pela Polícia Civil do Distrito Federal (veja vídeo acima). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. A exposição reúne 15 réplicas das roupas usadas por vítimas de abuso sexual no dia do crime e detalhes sobre cada caso. Segundo a PCDF, o objetivo da iniciativa é conscientizar a população e gerar reflexão para combater a "culpa" associada às mulheres vítimas de violência sexual. “A gente não deve revitimizar aquela mulher que foi alvo de um estupro. A gente tem que lembrar que a roupa dela não é responsável, nenhum tipo de comportamento, atitude. Quem deve ser responsabilizado é o autor", diz a diretora do Departamento de Polícia Especializada Ana Carolina Litran. 🔎A policial afirma que só é possível combater a culpa colocada nas mulheres com consciência. MENTIRA: 'Mulheres que se dão ao respeitos não são estupradas' Roupas expostas em mostra que combate a violência sexual no DF. Letícia Sena/g1 DF A exposição traz ainda dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e dos Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva sobre violência sexual contra as mulheres. Alguns números assustam pelo preconceito e mitos associados à violência contra a mulher. Veja abaixo: 42% dos homens concordam com a afirmação "mulheres que se dão ao respeitos não são estupradas" e 63% das mulheres discordam; 97% das mulheres deslocam-se com medo que "algo aconteça"; Em Brasília, 23% das mulheres relatam sofrer assédio em seus deslocamentos 73% das mulheres mudaram seus hábitos e comportamentos após situação de violência Somente 3 em cada 10 mulheres que foram vítimas no deslocamento pela cidade registraram boletim de ocorrência Como denunciar violência sexual contra a mulher? Além do Ligue 180, do Ministério das Mulheres, no Distrito Federal há também os canais de atendimento da Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências no Distrito Federal podem ser feitos pelos seguintes meios: Telefone 197 Telefone 190 E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br Delegacia eletrônica Whatsapp: (61) 98626-1197 Exposição "Não é sobre o que vestimos" Data: de 12 a 31 de março Local: Instalações do Departamento de Polícia Especializada (DPE) Horário: das 9h às 18h De graça LEIA TAMBÉM: ABUSO SEXUAL: PF faz operação nacional contra abuso sexual de crianças e adolescentes; 26 suspeitos são presos em flagrante MOTORISTA DE APLICATIVO MORTA: crime é reclassificado de latrocínio para feminicídio Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/03/12/nao-e-sobre-o-que-vestimos-exposicao-mostra-replicas-de-roupas-usadas-por-vitimas-de-violencia-sexual.ghtml


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