Mulher morre após ser esfaqueada pelo ex-companheiro, na frente dos filhos, no DF
19/05/2025
(Foto: Reprodução) Filhos da vítima e do suspeito presenciaram crime. Homem se entregou à polícia. F
Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Uma mulher foi morta a facadas pelo ex-companheiro, na manhã desta segunda-feira (19), em Ceilândia, no Distrito Federal. O casal ficou junto por 20 anos e teve três filhos, que presenciaram o crime. O filho mais novo tentou parar com as agressões do pai contra a mãe e sofreu um corte, segundo a Polícia Civil (PCDF).
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a mulher, de 33 anos, já estava morta quando a corporação chegou ao local. A vítima foi identificada como Liliane Cristina Silva de Carvalho.
O suspeito, de 34 anos, se entregou na 23ª Delegacia de Polícia. Ao delegado, o homem disse que viu a vítima, de quem estava separado há cerca de um mês, com outro homem e sentiu ciúmes.
A mulher tinha registrado uma ocorrência de violência doméstica contra o homem em 2013, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O suspeito deve responder pelo crime de feminicídio e pode cumprir pena de até 40 anos de detenção, com aumento por ter sido cometido na frente dos filhos do casal.
Esse é o segundo caso em menos de 24 horas em que uma mulher morre após ser esfaqueada em Brasília. No domingo (18), em Samambaia, Vanessa da Conceição Gomes, de 32 anos, foi morta pelo companheiro, Silvoneide Carvalho de Tôrres, que está preso.
Onde denunciar?
O que é feminicídio?
Pelo número 180, que é gratuito
Pelo site da Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, do Governo Federal
Pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil
Pelo número 190 da Polícia Militar em caso de emergência
Em uma delegacia de polícia, de preferência nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam)
Os Centros de Referência da Mulher dão suporte psicológico, orientação jurídica e acolhimento
Feminicídios em 2025 no DF
5 de janeiro: Ana Moura Virtuoso, na Estrutural;
15 de janeiro: vítima ainda não identificada, em Planaltina;
24 de fevereiro: Géssica Moreira de Sousa, em Planaltina;
26 de fevereiro: Ana Rosa Brandão, no Cruzeiro;
29 de março: Dayane Barbosa, na Fercal;
31 de março: Maria José Ferreira, no Recanto das Emas;
1º de abril: Marcela Rocha Alencar, no Paranoá;
9 de abril: vítima ainda não identificada, no Park Way (em investigação);
19 de abril: Valdete Silva Barros, no Sol Nascente;
18 de maio: Vanessa da Conceição Gomes, em Samambaia;
19 de maio: vítima não identificada, em Ceilândia.
Um feminicídio segue em investigação no DF
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a morte de uma mulher encontrada perto de um córrego no Setor de Mansões Park Way, em Brasília, no dia 9 de abril. A vítima estava com um fio amarrado no pescoço.
Dois casos de feminicídio descartados
Dois casos foram descartados pela Polícia como feminicídio. O primeiro foi a morte de Gilvana de Sousa, de 46 anos, encontrada em uma região de mata entre Taguatinga e Samambaia.
No inicio da investigação, a suspeita era que ela teria sido atingida por uma pedra, ou agredida com pauladas, durante a madrugada. No entanto, segundo a Polícia Civil, a investigação apontou para "eventual morte natural, não subsistindo, até o momento, indícios de morte violenta, muito menos feminicídio".
O assassinato de Rosimeire Gomes Tavares, de 51 anos, também começou a ser investigado como feminicídio, mas teve a tipificação alterada para homicídio. De acordo com as investigações, o crime foi motivado por constantes brigas entre dois suspeitos e a vítima, que eram vizinhos na Cidade Ocidental, em Goiás.
LEIA TAMBÉM:
FEMINICÍDIO: mulher morre após ser esfaqueada pelo companheiro no DF
SOBRADINHO: homem morre em UPA no DF; família denuncia demora no atendimento
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.